EM REUNIÃO COM MINISTRO, UNICA DEFENDE IMPORTÂNCIA DA BIOMASSA CANAVIEIRA PARA O SISTEMA ELÉTRICO
Representantes de aproximadamente 20 associações do setor elétrico nacional estiveram reunidos em Brasília com o novo ministro de Minas e Energia (MME), Almirante Bento Albuquerque, para discutir o futuro da matriz elétrica do País. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) esteve presente no encontro enfatizando a sustentabilidade da bioeletricidade sucroenergética e os principais pontos para o avanço desta fonte no Sistema Interligado Nacional (SIN).
A presidente da Unica, Elizabeth Farina, acompanhada pelo gerente em bioeletricidade da entidade, Zilmar de Souza, apresentou dados que reforçam o papel da biomassa canavieira para a segurança energética do Brasil. Segundo a entidade, em 2018, o bagaço e a palha da cana ofertaram aproximadamente 21,5 mil GWh para a rede, o suficiente para abastecer 11,4 milhões de residências, evitando a emissão de 6,4 milhões de t de CO2. Esse valor seria equivalente a uma mitigação proporcional ao cultivo de 45 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.
Durante o encontro, Bento Albuquerque prometeu apoio prioritário à solução para a judicialização no Mercado de Curto Prazo (M), por conta de liminares de hidrelétricas questionando o conceito de risco hidrológico e o pagamento de débitos no M, que soma uma dívida acumulada de quase R$ 7 bilhões. O ministro ainda informou que o governo deve apoiar a solução para os débitos referentes ao risco hidrológico no M prevista no Projeto de Lei 10.985, que tramita na Câmara, estimando um prazo de 30 dias para solução do tema, contado a partir do retorno do Congresso às atividades legislativas.
USINAS INDIANAS FALAM EM MENOS 2,5% DE PRODUÇÃO DE AÇÚCAR
A produção de açúcar na Índia, maior consumidor mundial do adoçante, deverá cair 2,5% na temporada que começou em outubro do ano ado, disse um importante grupo do setor. A produção de açúcar na safra 2018/19 está estimada em 30,7 milhões de t, revelou a Associação de Usinas de Açúcar da Índia (Isma, na sigla em inglês), órgão de produtores, em um comunicado, à medida que mais cana-de-açúcar é desviada para a produção de etanol.
Entre 1º de outubro e 15 de janeiro, as usinas indianas produziram 14,7 milhões de toneladas de açúcar, em comparação com 13,5 milhões de toneladas em igual período do ano anterior, disse aIsma.
MINISTRO DO MEIO AMBIENTE FARÁ ‘VISITAS-SURPRESA’ A ONGS QUE RECEBEM DINHEIRO DO GOVERNO
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que montará um cronograma para fazer “visitas-surpresa” a parte das 40 ONGs que recebem recursos do fundo gerido pelo governo federal. Salles anunciou a suspensão, por 90 dias, da de novos contratos com ONGs. De acordo com o ministro, o objetivo é fazer um levantamento do dinheiro reado às organizações e das atividades prestadas, além de contratos em andamento. Segundo ele, não haverá interrupção de contratos em execução.
“Vamos escolher algumas [ONGs] e vamos lá pessoalmente checar o que estão fazendo com o dinheiro, como está sendo usado, investido”, afirmou. Bolsonaro manda Secretaria de Governo monitorar ONGs
Ao blog, Ricardo Salles disse que as visitas não serão a todos os projetos. Ele afirmou que escolherá aleatoriamente a entidade a ser visitada. As parcerias do ministério com ONGs ocorrem em áreas como recuperação florestal, gestão ambiental e segurança alimentar nas comunidades indígenas, e agroextrativismo.
ABIMAQ SOLICITA APORTE DE RECURSOS PARA O MODERFROTA
“Estamos vendo que o saldo que está sobrando do Moderfrota, por volta de R$ 4 bilhões, não chega até 31 de março de 2019, três meses antes do fim do ciclo agrícola do Plano Safra 2018/19, em 30 de junho. Não vai ter dinheiro para o financiamento nas principais feiras de máquinas do País, que começam justamente a partir desse mês”, expõe João Carlos Marchesan, presidente da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, sobre a insuficiência dos valores do programa de financiamento para máquinas e implementos agrícolas.
Marchesan sugere que para manutenção dos investimentos, ganhos de produtividade e produção no setor agropecuário brasileiro haja aporte de R$ 3 bilhões na linha do Moderfrota. “O segmento agrícola está investindo, renovando seu parque de máquinas, e não podemos perder este momento”.
Levantamento da ABIMAQ aponta que a linha, fomentada pelo BNDES e com juros de 7,5% a 9,5% ao ano, já consumiu R$ 4,1 bilhões no período de julho a outubro de 2018 dos R$ 8,9 bilhões destinados para atual plano safra. Além de menos recursos, houve um crescimento de 58% no desembolso.
O pleito solicitando o remanejamento de verbas de outros programas suplementar foi encaminhado para Tereza Cristina, ministra da Agricultura, e Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil. “Continuaremos nossos esforços para defender o setor de máquinas e implementos agrícolas”.